[Indicadores de Gestão e sua importância no mundo organizacional]
* Tatiana Falcão de Souza Fernandes
Nos tempos atuais as organizações estão inseridas em um mundo turbulento e dinâmico, onde a incerteza se posiciona como fator de influência do ambiente competitivo e o processo gerencial requer, mais do que nunca, a apropriação de meios que permitam desenvolver em patamares competitivos a aplicação das funções primordiais do sistema administrativo, quais sejam: o planejamento, a organização, a direção e o controle. “A utilização de indicadores na economia, em finanças, demografia e, principalmente, em gestão vem cada vez mais se difundindo, entre outros motivos,como conseqüência da difusão de tecnologias da informação”(DUARTE; FERREIRA, 2006, p.64).
Nesse contexto, as tecnologias da informação e da comunicação se tornam aliadas e merecem destaque nesse processo cada vez mais complexo, em que dados e informações determinam comportamentos e resultados organizacionais, definidos pelos gestores através dos seus planejamentos e na sua conduta à tomada de decisão, ou seja, direção/gestão.
No entanto, tratar do planejamento, seja de curto ou de longo prazo, como da gestão do que foi planejado passa pelo olhar atento aos indicadores de gestão, sendo estes variáveis derivadas da análise do ambiente competitivo e dos estabelecimentos objetivos que fazem frente a eles. Neste sentido, os indicadores estão estreitamente alinhados às metas estruturadas no planejamento do sistema organizacional.
Os indicadores na visão de (Duarte; Ferreira, 2006, p.64) .[...]podem ser entendidos como representações quantitativas de resultados, situação ou ocorrências,constituindo-se em poderosa ferramenta gerencial para o monitoramento, a mensuração e avaliação da qualidade e produtividade”.
Conforme afirmação do autor, os indicadores são utilizados para medir de forma qualitativa e quantitativa os processos de gestão para monitoramento do mercado nos ambientes externos e interno proporcionando um diagnóstico do processo analisado e a formulação de ações proativas a possíveis ocorrências futuras.
O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, implantado no Brasil a partir do inicio da década de 90, desde seu inicio deu grande ênfase ao uso de indicadores como instrumentos de gestão, tendo o IPEA – Instituto de Pesquisas Econômico Aplicadas – desenvolvido modelos para a geração de indicadores de qualidade e produtividade válidos para todos os setores da economia brasileira. ( DUARTE;FERREIRA, 2006.p.64)
Esse processo se desenvolveu devido às mudanças significativas no mercado competitivo, passando a exigir patamares elevados de eficiência e qualidade nos produtos e serviços ofertados. Fatores como: desenvolvimento tecnológico, acesso a informação, instabilidade nos mercados, proporcionaram reformulações na condução dos modelos de gestão anteriormente desenvolvidos com o objetivo de obter uma visão sistêmica e o monitoramento dos fatores de influência no mercado em que as organizações estão inseridas, para assim, garantir a permanência e sobrevivência e a formulação de estratégias para um melhor posicionamento no mercado.
De acordo com o pensamento de Beuren( 2007, p.21-22) “Os tomadores de decisão precisam de mensurações adequadas para dar suporte a seus modelos decisórios”.
Para compreensão acerca da utilização de indicadores no mundo organizacional, vale destacar que a década de 80 apresenta como marco o ceticismo e falência dos números financeiros como indicadores de desempenho das organizações. O início da década de 90 já era visível a tradução dos números financeiros como norteadores do desempenho organizacional. Neste sentido, foram desenvolvidos sistemas que pudessem garantir tais diagnósticos. A visão intimista do mercado, passou a se configurar com base em indicadores relativos a clientes, participação no mercado, inovação, redefinição e monitoramento de processos passou a ser realidade no mundo organizacional.
Neste sentido, percebe a importância da mensuração por meio dos indicadores de gestão para a gestão estratégica da organização.
REFERÊNCIAS
BEUREN, I M. Gerenciamento Estratégico da Informação: Um recurso Estratégico no Processo de Gestão Empresarial. 2ª Edição- 4ª reimp. São Paulo: Atlas, 2007.
DUARTE.G I; FERREIRA, D.P-Uso de indicadores na gestão de um centro cirúrgico- RAS _ Vol. 8, No 31 – Abr-Jun, 2006.Disponível em: http://www.cqh.org.br/files/RAS31_uso%20de%20indicadores.pdf
Acesso em: 02/12/2011.
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